É curioso como algumas pessoas têm a ousadia de definir prazos para o amor, como se fosse um contrato de trabalho com período de experiência. Já me disseram: "Sete meses? Ah, não dá tempo para amares assim Ana, é só uma fase! Isso não é amor!" Mas eu amo, amo muito porque ninguém vive dentro de mim para saber o que eu sinto e, odeio quando tentam colocar no que sinto, normas criadas por um idiota qualquer.
Como se o amor fosse um bolo no forno, com tempo certo para crescer. É que é tão parvo que dá a ideia que o amor só pode ser considerado real depois de completar um certo número de prestações, como se fosse um financiamento de uma casa que acabamos de comprar! Ou um processo burocrático: "Eh pá deixe-me verificar; sim, vocês conheceram-se em Março, então, amor, amor mesmo, só lá para Dezembro do ano que vem, ou talvez Janeiro de 2026... E não é garantido!!!."
Ou seja, não importa a conexão, química, a empatia, as confidências, a entrega, o que se vive, a intensidade com que se vive, a pele, o cheiro, o toque, o sentir falta, o sentirmo-nos em casa nos braços daquela pessoa, o que importa é a contagem de dias no calendário. Porque para alguns, o amor só pode ser oficializado após passar por todas as "etapas obrigatórias e só quando estamos doentes e limpamos o cu uns aos outros, é amor". Isto não é do mais ridículo que podem ouvir?
Os reprogramadores do amor podem dizer o que disserem, a verdade é que o amor não tem uma data de validade ou um tempo mínimo para ser levado a sério. O amor chega quando quer, sem pedir licença, sem se importar se foram cinco dias, cinco meses ou cinco anos. É imprevisível, caótico, devastador e absolutamente imune às "normas sociais". E quem acha que pode medir o amor em semanas ou meses... é bom que arranje uma nova régua.
Depois temos os que acham que os relacionamentos são pouco duradouros porque lhes falta tempo junto com o outro, antes de dizerem que se amam.... Esqueçam lá isso, os relacionamentos são cada vez mais volúveis porque hoje em dia ninguém está disposto a ser maleável para com o outro, cada um vive dono do seu umbigo. Não tem a ver com espaço de tempo para amar, tem a ver com maturidade lealdade e respeito pelo outro.
Sejam Felizes